domingo, 9 de dezembro de 2007

Concentração & Memorização


Olá, Amigos!

Escrevi recentemente um artigo sobre "concentração e memorização", a pedido do pessoal da Folha Dirigida (abração para a Carol, Érica e Malu!), e resolvi compartilhá-lo aqui também com vocês! Ok?

Segue o texto:

Como Aumentar a Concentração e a Memória

Já são quase sete da noite, e sua cabeça dói. Nem podia ser diferente, depois de um dia como aquele... Na empresa, problemas e cobranças do chefe, desde cedo. Estresse. Encerra o expediente e começa o trânsito engarrafado. Duas horas de congestionamento. Essa fila não anda? Suas costas doem. Você está tenso. Finalmente, consegue chegar em casa.

Imediatamente, como quem troca um chip de computador, seus pensamentos se voltam agora em outra direção: Preciso começar os estudos! Afinal de contas, você é um batalhador nato! Já assumiu sua condição de concurseiro! Precisa ser aprovado o quanto antes, pois sonha em melhorar o seu salário e a qualidade de vida da sua família.

O fato é que, naquele mesmo ritmo acelerado em que entrou em casa, você simplesmente se sentou à mesa, abriu aleatoriamente um livro de Direito e começou a estudar. Mal havia chegado à segunda página, e reparou que – misteriosamente – não se lembrava do que havia lido nos cinco últimos parágrafos. Não se deu por vencido. Voltou ao ponto em que havia se desconcentrado e retomou a leitura.

Sua cabeça ainda doía. As buzinas do trânsito pareciam ainda ressoar em seus ouvidos, e suas costas pesavam toneladas. Após quase três horas ininterruptas de estudo, e de incontáveis acessos de desconcentraçã o, seu poder de assimilação se esvaíra por completo.

Você, Leitor, já se deparou alguma vez com uma situação semelhante a esta?

Se for o caso, meus parabéns! Minhas mais sinceras felicitações! Por quê? Porque você demonstrou coragem, determinação, obstinação! Qualidades inerentes aos que querem vencer!

Infelizmente, estes atributos raros não estão sendo utilizados de modo apropriado. Em outras palavras, a qualidade do seu estudo está prejudicada, o que implica falta de rendimento, baixo aprendizado, cansaço mental, físico e emocional. Em uma palavra: desgaste.

As conseqüências desta prática de estudo, a médio prazo, podem ser desastrosas, e levá-lo até a desacreditar em sua própria capacidade de enfrentar um concurso com sucesso.

Agora a boa notícia: há décadas que estudiosos das mais diversas áreas – professores, pedagogos, psicólogos, médicos – aprofundam-se na questão do aprendizado. Incontáveis pesquisas foram e continuam sendo realizadas, no sentido de descobrir os mecanismos que podem levar uma pessoa a conseguir otimizar seus níveis de concentração e de memorização, durante uma sessão de estudo.

E muito já foi descoberto! Nas linhas seguintes, convido o Leitor, humildemente, a despojar-se de conceitos pré-concebidos, e a fazer-se criança novamente. Por que isso? Por uma razão interessante: as técnicas que apresentarei a seguir, a fim de potencializar a qualidade de seu estudo, são de uma simplicidade tal, que é bem possível que você, se não estiver imbuído de um espírito lúdico, sequer se disponha a pô-las em prática. A criança acredita no que é simples, porque ela vê as coisas com simplicidade. Vamos tentar fazer isso! Pode ser? Ótimo!

E já que voltamos à infância, que tal brincarmos do jogo dos sete erros? Vamos tentar localizar os equívocos que a pessoa do início do texto cometeu, e que a levaram a uma noite de estudos pouco proveitosa. À medida que os identificarmos, apontaremos as técnicas – ou soluções – indicadas a corrigi-los! Ok? Vamos lá! Quem consegue encontrar os sete erros?

1º Erro) Ele esqueceu que havia uma família para abraçar!

Ora, o sujeito passou o dia inteiro fora, lidando muitas vezes com pessoas estranhas, que não lhe têm afeto, estima, apreço. O ser humano é feito de sentimentos! Ele precisa se sentir amado e acolhido, ao menos quando chega em casa! É importante que ele abrace os seus filhos, brinque um instante com eles, sorria junto, olhe em seus olhos! Isso o irá fazer sentir-se até mais motivado para os estudos! Um carinho da esposa ou do marido também é bem-vindo nesta hora. Claro! Se não existirem filhos ou cônjuge, abrace seus pais, ou seus irmãos. Se não houver ninguém, abrace o seu cachorro. E se não houver cachorro, compre um. Pode ser também um gato, um periquito, um papagaio... O concurseiro não pode se esquecer jamais de que também é gente!

Após esta chegada propriamente dita, convém que você se lembre da sua respiração! É impressionante como ninguém, afora os monges tibetanos, pensa na respiração. Mas você vai pensar nela. Durante o banho e a refeição leve que devem se seguir, você vai tentar manter um ritmo constante de respiração um pouco mais profunda, e com isso você já vai se preparando, paulatinamente, para cumprir o próximo passo e evitar o erro que veremos na seqüência.

É chegado, enfim, o momento de se lançar ao conhecimento! Então não esqueça de avisar a todos de casa: Agora eu não estou para ninguém! Peça que anotem os recados e que não o interrompam.

2º Erro) Ele se esqueceu de inicializar o cérebro para os estudos!

Um dos erros mais comuns, e talvez o mais grave deles! Quando você liga o computador, já consegue sair imediatamente trabalhando com ele? Claro que não! Tem que esperar alguns instantes, até que a máquina seja inicializada! Naqueles momentos, os programas do seu micro estão se preparando para começar os trabalhos!

Neste sentido, assim também é o seu cérebro! Quando você chegou em casa, em alto grau de agitação, seu cérebro funcionava em ondas beta. Traduzindo: ele estava em alvoroço, quase fervilhando. Um grande pesquisador do cérebro, o Dr. Lozanov, búlgaro, demonstrou que, neste estado de inquietação mental, não se atinge mais que 25% do nível de concentração possível em uma leitura ou estudo.

Aqui está a grande descoberta: é preciso preparar o cérebro para a atividade intelectual. E como se faz isso? Por meio de uma breve sessão de relaxamento. É muito simples: você irá sentar-se preferencialmente em uma poltrona, o mais confortavelmente possível, e durante cinco a dez minutos, ouvirá um pouco de música clássica. Mozart, Vivaldi e Bach são os mais indicados. Enquanto isso, você estará de olhos fechados, concentrando- se na sua respiração, e tentando mantê-la profunda e constante. Continue respirando, respirando, respirando. Se quiser, pode ainda repetir baixinho esta ordem: Relaxe, relaxe, relaxe... Quando sentir que a música o envolveu e que você já saiu, de fato, daquela agitação inicial, então podemos dizer: seu cérebro foi inicializado. Somente agora você está pronto para começar os estudos!

A técnica aqui apresentada é de origem científica. É inacreditável como algo tão simples poderá revolucionar positivamente o seu aprendizado! Após este relaxamento, diz o Dr. Lozanov, você será capaz de alcançar níveis de concentração de 95% ou mais.

3º Erro) Ele se esqueceu de preparar a mesa de estudos!

Suponhamos que naquela noite o nosso amigo resolveu estudar o Direito Constitucional. Para tanto, começou a leitura com apenas um livro sobre a mesa. Ocorre que ele possui três bons livros desta disciplina, além de uma boa apostila e da própria Constituição Federal.

Ora, ninguém vai à guerra sem levar todas as armas! Embora você julgue que só vai precisar de um livro, ponha todos eles (daquela disciplina) sobre a mesa. É bem possível que resolva complementar sua leitura com algum outro autor. E se não o encontrar ali, à sua frente, isso implicará interrupção! Um prejuízo de, no mínimo, quinze minutos, até que seu cérebro volte a atingir o mesmo estado de concentração de antes.

O mesmo ocorre com quem esquece de pôr uma jarra de água bem próximo. É só começar o estudo e é uma sede desgraçada! Sem água por perto, a interrupção é certa. E interrupção, já sabemos, é inimiga mortal da concentração!

4º Erro) Ele se esqueceu de fazer os resumos de estudo!

Nós vimos que aquele rapaz apenas lia. O estudo que consiste da mera leitura não é propício a uma boa memorização. Comprovadamente, já se sabe da existência da seguinte escala: quem lê e sublinha as frases cruciais do texto memoriza mais que aquele que apenas lê; quem lê e sublinha com marcadores coloridos memoriza mais que quem apenas lê e sublinha de uma cor só; quem lê, sublinha colorido e faz um resumo da essência do que leu memoriza mais que todos os outros!

E a memorização tanto se prolongará mais pelo tempo – e isso é deveras desejável – quanto mais forem criativos aqueles resumos! Usar fichas é muitíssimo interessante! Mas pode ser com folhas de caderno também. Não vamos complicar! Convém apenas que eles, os resumos, sejam bastante coloridos, cheios de símbolos e abreviaturas. Nada de frases compridas. Nada muito linear. Circule as palavras. Puxe setas ligando uma idéia à outra.

E o que é muito importante: não encha demais a sua ficha, ou a sua folha de caderno. Uma ficha-resumo (ou folha-resumo) é como um telegrama. Ninguém vai dizer: Mamãe, finalmente, após todos esses meses, eu irei visitá-la. Vou tomar o trem das onze e só devo chegar aí amanhã, de manhãzinha cedo, no crepúsculo matutino. Nada disso! Você dirá apenas: Mãe, tomo café amanhã aí. Pronto! Resumo prolixo não é resumo!

E resumo bem feito é sinônimo de boa memorização!

5º Erro) Ele se esqueceu de cronometrar o tempo!

Vocês repararam que o sujeito estudou três horas, ininterruptamente! Cometeu um crime contra seu cérebro! O estudo correto precisa ser, necessariamente, intercalado. Como funciona? Assim: você chegou para estudar, e já cumpriu a sessão de relaxamento que aprendemos há pouco. No instante em que você vai começar o estudo, verifique que horas são e marque o tempo. Não é conveniente que seu estudo se prolongue por mais de cinqüenta minutos ou uma hora.

Se você estiver atento, perceberá que seu rendimento sofrerá uma queda, após aquela primeira hora de estudo. A leitura não continuará fluindo, como estava até então. O que terá havido? O motor esquentou! Só isso! E a solução é simples e única: é preciso fazer um intervalo.

Cuidado: esta parada não pode se estender por mais de quinze minutos. Muita gente divide a hora em 50 minutos para o estudo e 10 para o intervalo. Pode ser feito!

Agora o mais importante de tudo: naqueles minutos de intervalo, você precisa se retirar do local do estudo. Se for um quarto, saia dele e feche a porta! É crucial que você abandone o ambiente em que estava estudando. Somente assim, mandará ao cérebro a mensagem de que ele já pode descansar um pouco, e se refazer.

Essa técnica é absolutamente essencial para uma boa memorização dos conteúdos!

6º Erro) Ele se esqueceu de fazer a caminhada!

Vimos que o infeliz rapaz tem uma vida por demais atarefada. É só trabalho, estresse, aborrecimentos. Ora, como se pode esperar que uma pessoa assim consiga ter um estudo prodigioso?

Não se pode esperar um bom rendimento intelectual, se o indivíduo se sente mal fisicamente.

Ademais, o cérebro humano – e todas as nossas células – são movidas a oxigênio! É preciso oxigenar o cérebro, para dar-lhe boas condições de trabalho!

Um senhor de memória prodigiosa, digo, de memória muito bem treinada, chamado Dominic O’Brien, várias vezes campeão mundial de memorização, revela que fazia sempre uma corrida de dez quilômetros, na véspera destas grandes competições que participava. Ele mesmo também confessa que, antes de começar a treinar sua memória, era incapaz de memorizar até um número de telefone!

Estudos recentes mostraram que uma simples caminhada de quarenta minutos, durante três vezes na semana, pode aumentar em até 15% a capacidade de aprendizado nos estudos.

Quem faz caminhada, ou qualquer outro exercício aeróbico, está contribuindo com sua atividade de memorização, muito além do que possa imaginar!

7º Erro) Ele se esqueceu de programar as revisões!

O último erro é sempre o mais difícil de ser detectado. Perceberam que o livro de Direito, lá em cima, foi escolhido aleatoriamente. Se a matéria do estudo foi escolhida de forma aleatória, isso demonstra que não existe uma programação! Não existe um planejamento! E quem não programa os estudos não pode também, conseqüentemente, programar as necessárias revisões!

O amigo Leitor acaso lembra como se desenvolve o binômio (a+b)^2? Lembra? Assim: (a+b)^2=a^2+ 2ab+b^2. O nome disso é produto notável. Um assunto normalmente estudado lá pelos idos da sétima série. E como se explica que você, após todos esses anos, ainda se lembre disso? Muito simples: em sua vida estudantil, você repetiu este desenvolvimento dezenas de vezes. Talvez centenas. Houve um dado momento, entre todas essas incontáveis repetições, em que seu cérebro, se falasse, teria dito assim: É... parece que esse tal de produto notável é mesmo importante! Toda hora eu preciso estar procurando ele aqui no armário. Melhor eu colocá-lo logo em um lugar bem visível, para não ter trabalho e nem perder tempo procurando da próxima vez!

É exatamente assim que funciona! Se você fizer revisões programadas, estará informando ao seu cérebro – e à sua memória – que aquele assunto é de suma importância. E que precisa ser muito bem guardado, e em lugar de destaque!

Quem revisa os seus resumos com freqüência está se mostrando grande amigo da sua própria memória!

É isso! Muito ainda havia a ser escrito acerca deste tema, por ser inesgotável. Todavia, faço votos que esse breve texto possa ajudá-lo a evitar alguns descaminhos, e a encontrar soluções que o conduzam ao sucesso nos concursos, e na vida! Boa sorte!

Sérgio Carvalho

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Quais são os sete pecados capitais que o concurseiro não deve cometer? Willian Douglas


Os pecados capitais levam ao inferno, os do concurso à reprovação, desânimo e desistência. Os pecados capitais são os seguintes: gula, soberba, inveja, preguiça, ira, luxúria, avareza. Vamos vê-los agora em sua manifestação “concursândica”.

A gula é a pressa de passar. Como sempre digo: concurso se faz não para passar, mas até passar. Assim, esqueça a pressa e comece a estudar com regularidade, planejamento e antecedência. Os concursos estão vindo aos montes, e continuarão assim. A aprovação é resultado de um processo longo, mas é algo que você – se trabalhar direito – pode contar.

A soberba é a arrogância, o achar que já se é o “Sabe-Tudo”, o “rei da cocada”. Muitos candidatos inteligentes e bem formados são vítimas da soberba, ao passo que os menos capazes, mas esforçados, chegam lá, assim como na história da corrida da lebre com a tartaruga. A humildade nas aulas, no estudo, nas provas, em todo o processo, enfim, é o caminho para a glória.

A preguiça. Nem é preciso escrever nada. A palavra é auto-explicativa. Mas deixe-me dizer uma coisa: eu sou meio preguiçoso. Só que sempre fazia o que devia ser feito, quando, me imaginava desempregado e sem grana, caso deixasse a preguiça me dominar.

A inveja acontece quando o concurseiro fica vigiando a vida, as notas e as coisas boas que os outros possuem ao invés de ir resolver a própria vida. É impressionante como as pessoas pecam ao se compararem com os outros e dedicarem-se à reclamação e à autocomiseração em vez de estudarem e treinarem.

A ira representa deixar-se estourar, ou desanimar, pela enorme quantidade de fatos que têm justificadamente esse condão: cansaço, carteiras duras (do curso e a sua), dificuldades com a família, com a matéria, os absurdos ou fraudes em concursos, taxas de inscrição abusivas etc. haja paciência! (ops! Estamos falando de pecados e não de virtudes...). Nessas horas, não adianta irar-se. O jeito é ir estudar, pois um dia a gente passa, apesar de tudo.

A luxúria é talvez o maior pecado. Veja nela o lazer exagerado, as viagens, passeios baladas e tudo o mais que é delicioso, um luxo, e que nos tira tempo para estudar e trinar. Pois bem, equilibrar estudo e lazer, administrar bem o tempo e saber estabelecer as prioridades é essencial para chegar ao reino dos céus, digo, da nomeação.

A avareza tem duas manifestações. A primeira, do candidato, quando economiza nos investimentos necessários para ser aprovado. Vale a pena escolher os melhores livros, cursos e gastos, que incluem até mesmo os exames de saúde para estar bem e enfrentar a maratona dos concursos. A segunda avareza, a pior delas, ocorre quando o cidadão passa e deixa de utilizar o cargo e os poderes e competências dele para o bem da coletividade. Não sejamos avaros com o país, nem com o povo que o (e nos) sustenta. Ao passar, para não ser blasfemo, herege ou apóstata, é preciso devolver ao povo o quanto nós custamos. Isso pode ser feito com trabalho, eficiência, simpatia, honestidade e entusiasmo. Cumprir o dever, e se puder, um pouco mais.

Pois é, que Deus nos livre dos pecados capitais e do concurso. E que façamos nossa parte, dando nossa parcela de fé e sacrifício, para chegarmos à Terra Prometida, ao Paraíso, com méritos dos santos. “Santo”, por sinal, significa, etimologicamente, “separado”. Gente que passa em concurso é assim: meio diferente da média, mais dedicada, mais focada. Isso é santidade.

No fim, os votos de que alcancemos os frutos do Espírito, que, na Bíblia (Gálatas 5:22), se opõem aos pecados capitais: amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio. E, claro, passar em concursos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dedicação faz de 'veteranos' fortes concorrentes em concursos




Candidatos com mais de 50 anos superam barreiras com determinação e força de vontade.
Eles entram na disputa pela vaga em igualdade de condições com os mais jovens.
Marta Cavallini Do G1, em São Paulo

Uma parcela significativa de candidatos a concursos descobriu que não há limite de idade para estudar e trabalhar. Muitos perderam espaço no mercado de trabalho por causa da idade, outros se aposentaram e não se contentaram em ficar parados, e alguns almejam uma aposentadoria que assegure um futuro melhor. Beneficiados pela forma tradicional como são feitos os concursos e também pelo fato de a idade ser um dos critérios de desempate na classificação, os candidatos com mais de 50 anos entram na disputa pela vaga em igualdade de condições com os mais jovens. E a maioria, por ter curso superior, é seletiva e presta concursos para o mesmo nível de escolaridade. Carlos Alberto De Lucca, coordenador geral do curso preparatório Siga Concursos, diz que a forma tradicional como o concurso é feito e aplicado pode favorecer os candidatos "veteranos", geralmente mais detalhistas que os mais jovens. Mas ele alerta: o excesso de detalhismo pode ser prejudicial. "Os candidatos devem ter uma visão geral de tudo. Não adianta querer se aprofundar muito nas disciplinas porque a prova é bastante diversificada e exige jogo de cintura. As pessoas têm que se sair bem de forma geral em todas as matérias, incluindo aquelas que nunca foram vistas antes". Para o coordenador, os candidatos acima dos 50 anos são mais dedicados que os mais jovens. "Com a desilusão na iniciativa privada, a carreira pública vira a melhor ou única opção para eles", explica. Alto índice de aprovação De acordo com Adelaide Matos, diretora pedagógica e administrativa do curso preparatório Central de Concursos, os alunos com idade acima de 50 anos são muito aplicados e têm metodologia própria de estudo. "Eles se propõem a estudar até passar. A garra é muito grande". Segundo ela, a maioria desses alunos tem nível superior e presta concurso para o mesmo nível de escolaridade. Para Adelaide, todos esses fatores ajudam os candidatos a terem um elevado índice de aprovação. "As questões exigem boa interpretação de texto, o que demanda um grande conhecimento, e esses candidatos, pela experiência de vida e por serem muito antenados em vários assuntos, acabam se saindo muito bem." Última chance "A gente fica motivado porque sabe que essa pode ser a nossa última chance", diz o administrador de empresas Hélio Tonini, de 51 anos. Ele começou a fazer o curso preparatório para concursos em julho, após ter saído de uma multinacional porque recusou uma proposta de voltar a um antigo departamento. E, como já havia prestado um concurso há cerca de cinco anos para fiscal do INSS e tinha se saído bem, se deu conta de que poderia estudar agora com muito mais tempo e dedicação. Ele diz que o entusiasmo é cada vez maior, apesar do desgaste e da tensão. Tonini vai prestar concurso para auditor da Receita Federal, cujo salário gira em torno de R$ 12 mil. Ele faz cursinho preparatório pela manhã e à tarde, sempre trancado no quarto, estuda diariamente entre quatro e cinco horas - com exceção do domingo, que tira para relaxar. Na sala de aula, Tonini tira todas as dúvidas com os professores, o que chega a incomodar os alunos mais jovens na sala de aula. "Sair com dúvida é o caminho mais curto para o insucesso". Para ele, "matéria dada é matéria estudada". O administrador considera um privilégio poder se dedicar aos estudos em tempo integral. "Sempre estudei até me achar o mais preparado possível". Para Tonini, a força de vontade é o que conta, não a idade. "É a motivação que rege o bom desempenho. Se não tiver gosto pela leitura, pode esquecer. Concurso é para quem gosta de estudar mesmo". O engenheiro eletrônico Paul Vidoris, de 57 anos, leva tão a sério a oportunidade de ser auditor da Receita Federal que, além de fazer cursinho preparatório pela manhã - das 8h às 11h -, estuda diariamente oito horas - só pára para o almoço e jantar. "Sou privilegiado. Posso me dedicar aos estudos em período integral". Ele trabalhou até fevereiro em uma empresa de telecomunicaçõ es, quando foi chamado para participar do programa de desligamento incentivado. No dia seguinte à demissão, ele se aposentou. Assim que saiu da empresa, ele começou a fazer o curso. "A idéia de prestar concurso foi amadurecendo à medida que as dispensas foram se efetivando, levando em conta a idade, o salário e a proximidade da aposentadoria dos empregados." Ele afirma que não voltará mais para a iniciativa privada e decidiu prestar concurso por causa de dois fatores: quer continuar tendo uma atividade pois não consegue ficar parado e por causa da estabilidade e da renda que o cargo público proporciona. Vidoris diz que tem estudado muito mais do que quando estava na faculdade. Ele se prepara fazendo anotações nos próprios livros e apostilas. "Primeiro eu leio as matérias de forma geral, rapidamente, e depois eu retomo para assimilar os pontos mais importantes de cada disciplina". Ele diz detestar estudar no computador. "Essa história de que o computador substitui o livro é balela", diz. Para Paul, a melhor forma de estudar é fazendo exercícios. Enquanto não sai o concurso da Receita Federal, Paul presta outros exames para treinar - já fez concurso para a Câmara dos Deputados e para Câmara Municipal de São Paulo, e vai prestar o do banco Nossa Caixa. E avisa: se passar em algum que valha a pena, volta a trabalhar, mas sem se esquecer do sonho de se tornar auditor fiscal.

sábado, 27 de outubro de 2007

Adotando o seu próprio método

Cada pessoa tem um método de estudo que melhor se adapta às suas características. Assim, um indivíduo pode ter mais facilidade para absorver a matéria assistindo às aulas do cursinho ao passo que outro pode sentir-se melhor fazendo resumos da matéria que está estudando. Outros, ainda, podem preferir apenas ler a matéria.

Cada um de nós tem a capacidade de memorizar as informações recebidas associadas a diferentes formas de transmissão: lendo, escrevendo, escutando ou falando. O importante é você descobrir o seu estilo e saber que está realmente aprendendo e fixando a matéria desta forma.

As Aulas do Curso Preparatório - Para quem possui tempo disponível é sempre válido freqüentar um curso preparatório especializado em concursos jurídicos. As principais vantagens apresentadas pelos bons cursos são:

1) Economia de tempo: os cursos apresentam a matéria de forma concisa e dirigida para os concursos, trazendo já para o aluno uma seleção das matérias importantes para os concursos. Além disso, a velocidade da informação veiculada numa aula é maior do que a realizada na leitura de livros.

2) Os professores, em geral, possuem bons conhecimentos sobre os concursos e podem proporcionar valiosas orientações para direcionar os estudos de acordo com a preferência dos examinadores.

3) Assistindo às aulas o aluno sempre terá a oportunidade de esclarecer suas dúvidas com os professores e trocar informações com os colegas.

O Estudo em Casa - O estudo em casa talvez seja o mais importante. Mesmo depois de ter freqüentado a aula do curso preparatório, o candidato deve revisar a matéria dada. Desta forma ele estará garantindo que as informações estejam indo para a memória conhecida como “memória de longo prazo”.

Escolha um bom local para o estudo para que não atrapalhe a atenção. Leia e releia sempre a matéria para firmar a compreensão do tema. Na segunda leitura, aproveite para realizar os apontamentos em suas apostilas e sublinhar os aspectos importantes e as idéias mestras do capítulo estudado.

Mas apenas ler e reler um tema não é garantia de um bom aprendizado. Para uma boa compreensão do que se está estudando, a pessoa precisa estar em sintonia com o assunto, raciocinar e concentrar-se ao máximo.

No estudo em casa, é recomendável que se faça pequenos intervalos para não cansar em

demasia. Muitas horas seguidas de estudo, sem descanso, podem prejudicar a aprendizagem.

Grupos de Estudo

O estudo em grupo é também uma boa opção de estudo. Convidar colegas responsáveis para uma reunião semanal é uma prática recomendável. Veja algumas vantagens do estudo em grupo:

1) A discussão sobre um determinado tema facilita a memorização;

2) Estimula o debate sobre os temas enriquecendo o conhecimento dos participantes;

3) Proporciona a troca de conhecimentos;

4) Prepara o candidato para a prova oral;

5) É um estudo mais leve e quebra o isolamento do estudo solitário.


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Aceite-se !!!


Pelo menos por hoje, reclame menos, 
vigie-se.
Tenha um sorriso novo, 
renovado em seu rosto, relaxe.
Pratique com pequenos gestos de carinho, 
de favor e atenção, dedique-se.
Olhe mais para os detalhes da natureza, 
preste atenção na vida, concentre-se.
Não seja tão crítico, 
veja o outro lado da situação, modere-se.
Não espalhe palavras vãs, nem fale palavrões, 
contenha-se.
Aceite presentes sem dizer obrigado, 
acredite: você os merece, então, 
apenas aceite. Valorize-se.
Faça um ato de amor inusitado, 
ofereça flores, um presente diferente, 
não espere o amor te procurar. 
Liberte-se 
Pegue outro caminho, vista outra roupa, 
corte o cabelo com outro corte, 
pinte-o, troque a saia pela calça, 
o terno pelo jeans, o jeans pelo social, 
o tênis pelo escarpin, transforme-se. 
Quem sabe o que a sua vida anda 
pedindo é apenas um pouco de atenção, 
um momento de dedicação, 
esquecendo-se dos problemas 
e voltar a sonhar?
O que você sonhou esta noite?
Qual é o seu maior desejo para este dia?
Planejar a felicidade é utopia, 
mas colocar pequenos momentos 
felizes no dia a dia, 
é transformar qualquer sofrimento em 
apenas momentos difíceis, 
é pegar a dor e combater com amor, 
é transformar a desilusão em aprendizado, 
é descobrir capacidades e perceber 
que você é especial, mágico, 
divinamente preparado para viver o melhor, 
e o melhor, começa agora, 
com um gesto seu, com um sorriso, 
com uma certeza: 
Você merece ser feliz!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Aprendendo a fazer concursos


Waldir Santos*

O Brasil presencia um excessivo crescimento do número de pessoas dedicadas à disputa por um cargo público. Esse fenômeno sazonal, causado pela proibição legal de contratação no período eleitoral, bem assim pelo descuidado acúmulo de vagas na administração pública, que denuncia a desorganização administrativa com o surgimento de caos localizados, traz ao cenário pessoas não suficientemente informadas a respeito dos meandros da disputa por um cargo público efetivo.

Muitos desses candidatos são profissionais de alto gabarito, com sólida formação técnica, dispostos para o estudo, ou seja, aparentemente futuros servidores. Suas qualidades interessam à administração, que em troca dar-lhes-á a tão sonhada estabilidade, uma aposentadoria um pouco mais digna, e um bom ambiente de trabalho. Esbarram, no entanto, esses atores do casamento perfeito, num inimigo desconhecido, um fator muito pouco considerado na disputa, e que tem sido a razão da desistência de muita gente: os marinheiros de primeira viagem não sabem fazer concurso, e, se persistirem, aprendem, já estão aprovados em alguns concursos, e somente aí se dão conta de quanto tempo perderam, e quanto esforço desperdiçaram. Mas aí, para eles, pouco vai importar, pois a hora será de comemoração.

É voz corrente dizer-se que o concurso é coisa para maratonistas, super-homens, e que disponham de muito tempo para os estudos. É o que ocorre quando o político sagaz espalha sorrateiramente a balela de que somente quem tem milhões para gastar poderá ser eleito, afastando a concorrência que preocupa. No caso dos concursos, porém, o que ocorre não advém da astúcia, mas exatamente da desinformação. Quando o concurseiro ainda não aprovado intimida o seu colega com as informações aterrorizantes sobre “o sacrifício que é se preparar para um concurso”, exibe apenas a desinformação que assola a sofrida classe, enquanto busca justificar os seus resultados.

Mas retomemos a linha inicial. Falávamos do concurseiro eventual. Aquele que, sendo formado em área que oferece poucas vagas e em concursos raros (farmácia, química, comunicação, psicologia, turismo, entre outras), acredita que o mais correto é se inscrever apenas na sua área, pois assim suas chances aumentam. Essa atitude traz uma discreta carga de vaidade, do medo de não passar, e lhe tira a oportunidade de aprender a fazer concurso, de adquirir a indispensável experiência. Enganam-se quem acredita que “para passar, basta estudar”. Se assim fosse, notaríamos uma conta que não fecha, já que a quantidade de gente que estuda, e seriamente, é muito maior que a de aprovados. Ora, quem cumpre a regra quer o resultado, a recompensa prometida. Onde estaria esse erro, então?

Seria tolice acreditarmos que quem estuda mais sempre aprende mais, já que sabemos que a técnica de estudo, o ambiente, a dosagem, o método de aferição periódica de aprendizagem, o “saber fazer prova”, em lugar de apenas saber a matéria, entre muitos outros fatores, interferem no proveito que se tira das horas dedicadas à preparação. E mais que isso, também é errado supor que quem aprende mais tira notas maiores, já que em seu desfavor contam o nervosismo, o “branco”, a escolha da vaga na cidade mais concorrida, o fato de não se observar que determinada matéria tinha o dobro do peso da outra, o desconhecimento de seus direitos básicos, quando se poderia recorrer ao judiciário etc. Isso pode ser aprendido em poucas horas. Os milhões de brasileiros que fazem concursos não têm idéia de quantos são reprovados diariamente por questões que não estão nas provas previstas no edital.

Há uma longa lista de fatores que recomenda ao candidato, se quer uma aprovação mais rápida, como é natural, que não se permita aprender com as didáticas quedas apenas, mas sim com a experiência alheia, encurtando o caminho. Tolo é quem pensa em aprender somente consigo mesmo.

Não estamos pregando, evidentemente, ser tarefa fácil a aprovação nos concursos. Mas podemos garantir que não é o que se pinta. Muitos candidatos se surpreendem, por exemplo, ao saberem que alguns cargos interessantes são disputados por um ou dois candidatos apenas, em concursos poucos divulgados, já que, sendo concurseiros eventuais, são atraídos somente pelos grandes, famosos e tradicionais concursos do INSS, PRF, Bacen, SRF, Tribunais Federais, CEF, Petrobrás etc, em que, com a ajuda da grande mídia, centenas de candidatos, muitos deles apenas números, disputam uma vaga.

Também não é do conhecimento da maioria o fato de que, em muitos concursos dos quais candidatos com chances correm devido ao número de vagas, quando são anunciadas 3 ou 4, acabam sendo chamadas centenas de pessoas. Há muitos exemplos disso nos TRTs, TREs e TRFs.

Para encurtar a conversa, concluiremos, sem medo de errar, dizendo que informação e técnica contam, muitas vezes, muito mais que o conhecimento, desde que este atinja o mínimo para não eliminar o candidato. Quem já passou em concurso sabe do que estamos falando.

* Waldir Santos é Professor, Advogado da União e Conselheiro da OAB-BA.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

DEZ DICAS PARA CONCURSANDOS (OU ESTUDANTES) DE SUCESSO - Luiz Flávio Gomes


DEZ DICAS PARA CONCURSANDOS DE SUCESSO

1. SONHE PRIMEIRO. Ninguém consegue nenhum sucesso sem antes sonhar com ele. Descontando tudo quanto fazemos necessariamente na vida (dormir, trabalhar, comer etc.), ainda sobra um terço do nosso tempo para sonhar. Não perca nunca sua capacidade de sonhar com novos horizontes, novos conhecimentos e novos resultados. O concursando (ou estudante) de sucesso só alcança o que ele visualiza antes. Não seja, entretanto, na sua vida, só um sonhador. Transforme suas fantasias em realidade. Como? Lendo, lendo, lendo! Em outras palavras, colocando a "bunda" no banco! O grande segredo do atleta é treinar, treinar, treinar. Do concursando (ou estudante de sucesso) é ler, ler e ler. Porém, o quê? como? quando? Vejamos:

2. ESTABELEÇA META CERTA. "Se uma embarcação não sabe aonde quer chegar, nenhum vento poderá lhe ser favorável" (Sêneca). Tenha uma meta certa na vida (diga: eu vou ser tal coisa. Idealize o seu objetivo). Serei médico, jornalista, juiz, promotor, advogado, professor, defensor, delegado, procurador etc. Estabeleça sua meta e fixe prazo, meios e condições. Faça planejamento do seu futuro, de qualquer modo, saiba que todo sucesso tem medida certa e tempo certo. A improvisação não é boa companheira para se alcançar bom resultado! Isso significa assumir uma parcela de stress como parte do sucesso? Sim. O stress controlado faz parte de todo empreendimento bem sucedido.

3. COMPROMETA-SE COM SUA META. Quem quer vencer em dezembro a corrida de São Silvestre deve, desde janeiro, começar a correr. Não existe sonho nem meta que se concretize sem empenho, disciplina e muita dedicação. Na área dos concursos (das provas e dos exames) recorde que não se compra conhecimento em supermercados. Conhecimento se conquista, com muita luta e esforço. Mas vale a pena. Sua vida será outra! Engajamento (envolvimento) com sua meta é absolutamente imprescindível (tengas ganas de vencer!). Não tardará o dia do seu yes!

O café da manhã dos americanos é composto de ovos, mel e bacon. Diferentemente da galinha e da abelha, o único comprometido com ele é o porco. Por quê? Porque parte dele é que está em jogo. A galinha e a abelha contribuem, mas não se comprometem. O porco é distinto, porque ele dá um pedaço de si.

4. BUSQUE A INFORMAÇÃO. "Não espere que te tragam flores; plante seu jardim" (Shakespeare). Na era da agricultura mandava quem tinha terra. Na era da indústria mandava quem tinha dinheiro ou capital. Na era da informação sobressai quem busca e obtém a informação. Busque-a incansavelmente nos livros, nas aulas, na internet etc. Anote adequadamente tudo (mais vale uma caneta na mão que mil "gigas" de memória humana). Documente o que você alcançou em termos de conhecimento. E nunca perca sua curiosidade por aprender mais coisas. Mas tenha sempre senso crítico. Há muita informação inútil que não pode tomar seu tempo (que é sagrado).

Não se deixe levar pelo comodismo: "Sempre buscamos o conforto e, por causa disso, acabamos deixando para amanhã o que deve ser feito hoje, o que nos leva a protelar e nos acomodar no eternamente preguiçoso "depois" (GARCIA, Luiz Fernando, Pessoas de resultado, São Paulo: Editora Gente, 2003, p. 31). Só cresce na vida quem se distancia do comodismo. O desprazer também faz parte da caminhada para o sucesso.

Seja seletivo na busca da informação: não se perca no emaranhado de informações que o mundo lhe oferece. Seja seletivo! Vá ao ponto certo! No século XVIII se uma pessoa dedicasse oito horas por dia, cinco vezes por semana, em um ano saberia tudo sobre uma determinada matéria. Qualquer pessoa hoje, com a mesma dedicação de quarenta horas por semana, só consegue saber cerca de 6% do que se produz anualmente em sua área de conhecimento. Vá, portanto, aos 6% que mais interessa! Se você tem dificuldade de selecionar esses 6%, busque a ajuda de alguém que possa fazer isso por você.

5. FOCO E DETERMINAÇÃO. "Vim, vi e venci" (Júlio César). Tenha determinação e conquiste disciplina nos seus horários de estudo, de aulas etc. Dormir é importante, mas não se pode exagerar. O Direito não socorre os que dormem! A disciplina e a determinação te trazem organização. Não seja protelatório, dispersivo, evasivo, ou seja, não perca o foco. Não fique culpando o mundo inteiro pelo seu insucesso. Quem assim procede se transforma num fracasso. O foco deve estar voltado para a solução (para o sucesso), não para o problema que te impede de alcançá-lo.

Compute, entretanto, que tudo pode dar errado! O medo deve sempre fazer parte do sucesso. É em razão do medo da derrota (da humilhação) que não perdemos a atenção, o foco nem a determinação. Encare todas as provas (os concursos e os exames) como um desafio a ser vencido. De qualquer maneira, perder uma batalha não significa perder a guerra! Vencido um desafio, passa-se para o seguinte. Mate um leão a cada dia! Quem não aceita desafios não chega nunca à conquista!

Determinação e coragem: Tarik ibn Zeyad, o famoso guerreiro árabe que invadiu a Península ibérica, em 711, no momento em que alcançou o sul da Espanha (Estreito de Gibraltar, que vem de Jebel-Tarik, ou seja, Montanha de Tarik), mandou queimar todos os navios da sua armada para que não houvesse possibilidade de recuo, fuga, derrota, vacilações ou retrocessos. Isso significa determinação! Dominaram a Península durante 700 anos e lá deixaram marcas indeléveis da sua cultura (Palácio de Alambra, em Granada, v.g.).

6. SEJA PERSEVERANTE. "Caminante no hay camino, el camino se hace al andar" (Antonio Machado). Não se estuda nem se faz um curso para passar, sim, até passar. Todo vencedor sabe que a perseverança é fundamental. Thomaz Edison disse: "Qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir os pensamentos numa direção e insistir neles até que faça alguma coisa". Ele não teria nunca chegado à lâmpada se não tivesse tentado mil vezes alcançar seu objetivo.

Não fique no meio do caminho. Quem joga a toalha perde o jogo. Quem sai do gramado nunca marca gol. Ao contrário, vai para a arquibancada. De lá você só consegue aplaudir, nunca vencer. Pedras no caminho? Construa com elas o seu castelo. Vencem os que chegam no final dele! Os que não conseguem superar os obstáculos (que configuram verdadeiros desafios) vão sendo derrotados. Os derrotados, de plano, são insucessos; às vezes chegam a constituir verdadeiros fracassos.

Perseverança e motivação: a perseverança pressupõe motivação, que é inerente ao concursando (ou estudante) empreendedor de sucesso. O que está detrás da motivação? A motivação deriva de mil razões (conquistar um ideal, ganhar bom salário, mudar de vida, superar obstáculo etc.). Uma delas consiste em evidenciar sua competência para exercer determinada função. Muitos concursandos ou estudantes empreendedores alcançam enorme sucesso logo depois de questionados (desafiados) em sua capacidade intelectual, física, profissional etc. De qualquer maneira, o que não se deve nunca é perder a expectativa, o propósito, a motivação. A perseverança é a melhor estratégia para conseguir o seu sonhado yes!

7. "AGE QUOD AGIS". "O sucesso é composto de 1% de inspiração e 99% de transpiração" (Thomaz Edison). Em razão disso, aplica-te completamente ao que estás fazendo. Mergulhe profundamente no que você está fazendo. Não se distraia com outra coisa: aplica toda sua atenção ao seu objetivo. Todo foco tem que ter alvo certo. Muitas vezes a questão não é ter força, sim, jeito: o artilheiro sabe bem disso. Mesmo fatigado, faça sempre o máximo que for possível. Mesmo errando, continue. Quando queremos, também aprendemos muito com nossos erros. "Não importa quantas vezes nos levantamos. O que conta é que seja sempre uma vez a mais do que aquelas em que caímos" (GARCIA, Luiz Fernando, Pessoas de resultado, São Paulo: Editora Gente, 2003, p. 109).

8. REPETIÇÃO E REVISÃO PERMANENTES. Repetitio est mater studiorum. Nosso cérebro não é computador, embora seja o único que pode construí-lo. Ninguém consegue assimilar todo conhecimento no primeiro contato com um determinado tema. Revisar permanentemente o que se aprendeu é fundamental. A fórmula, portanto, é a seguinte: A = E + M + SE, ou seja, aprender = entender + memorizar + saber expressar. Nunca deixe de estudar uma determinada disciplina por mais de quinze dias. Uma ou duas disciplinas todos os dias otimiza seus estudos. Em fase de concursos ou de provas, não baixe sua biblioteca inteira para estudar uma única disciplina. Apontamentos da aula e um ou dois livros em cada uma delas bastam. Deixe para fazer depois teses de mestrado ou de doutoramento.

9. SAIBA SE COMUNICAR. A = E + M + SE (aprender = entender + memorizar + saber expressar). Vivemos não só a era da informação senão também a da comunicação. Ter a informação e não saber comunicá-la (expressá-la) é praticamente a mesma coisa que não tê-la. Comunicação verbal e por escrito. Conquiste essas habilidades, treinando o quanto for necessário. Construa sempre frases objetivas. Seja claro e objetivo nas suas exposições. Sujeito, verbo e complemento, sem rodeios e tergiversações cansativas e prolixas.

10. "CARPE DIEM". Aproveite o dia (da melhor maneira possível). Distribua suas tarefas diárias. Priorize o seu sucesso, dedique-se a ele, mas não se esqueça que você precisa também comer saudavelmente, exercitar-se regularmente etc. Mens sana in corpore sano! Angústias e ansiedades integram naturalmente o dia-a-dia do concursando e do estudante. Também por essa razão é que você deve desfrutar profundamente dos momentos de prazer.